Dormir, talvez sonhar...

14.12.02

Fui com ela ao tal do mestre indiano, que mais parecia chinês. Mistura de orientes. Na verdade ela já estava decidida, mas eu ainda andava meio resistente. A idéia de ter seis dedos no pé me parecia absurda. O velho nos atendeu rapidamente e começou seu trabalho. Acho que ela não sentiu dor, pelo menos não parecia sentir nada. Só estava bastante curiosa em relação ao resultado. Eu, pelo contrário, me sentia cada vez pior. Um mal-estar profundo começou a tomar conta de meu estômago, um certo enjôo, uma náusea. Com extrema habilidade, o oriental magricela executou seu trabalho e partiu os dedões em dois, em quatro. Seis dedos compridos, três para um lado, três para o outro. E compridos, bem afinados nas pontas. O que aquele velhote havia feito? Ela se sentia bem feliz e eu não podia nem olhar para baixo. Decididamente não queria a mesma experiência. Algo entre o monstruoso e a falta de graça, uma esquisitice, freak, freak.
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