Dormir, talvez sonhar...

4.11.04

Foi tudo um sonho


eu s onh ei que tu estavas tão linda?Sinistro

1.10.04

dreamming at last

after such a long time, i had a dream tonight. finally.

caminhava em algum lugar desconhecido. uma outra cidade, talvez um outro país. sentia-me livre, mas intimamente algo me inquietava.

caminhava com o vento soprando em meu rosto, sob um tranqüilo sol de uma tarde com poucas nuvens e céu azul. pisava em folhas secas sobre o gramado de algo que parecia-se com um parque.

ainda assim algo me inquietava.

foi quando resolvi olhar para cima e para os lados: caminhava dentro de ruínas de alguma construção secular. da edificação havia restado apenas os alicerces. e eles lembraram-me as grades de uma prisão. em arcos espaçados, permitiam a entrada da luz, do vento, do calor do sol, da chuva que cultivava a terra. mas também fossilizavam a metáfora de grades de uma idílica prisão de alguém que foi exilado.

senti-me então exilada. talvez em meu próprio desejo de liberdade. senti que não havia escapatória do exílio humano. senti que não estava mais só: estava solitária.

senti que não havia espaço para sonhos libertários. nem dentro de meu próprio sonho.

quando acordei, lembrei-me que a referência visual que meu inconsciente gerou no meu sonho foi das ruínas de uma igreja em lisboa, que visitei quando lá estive em 2002. de arquitetura bizantina, altamente influenciada pelas invasões mouras.


[boop it]

22.8.04

acontecimentos

Meu avô era idêntico ao Lima Duarte. Eu ia me casar. Minha nova casa ia ser o vagão de trem vermelho que ficava na frente da casa branca de meu avô. Eu não queria que fosse assim, pois achava feia demais a fachada da casa do Sr. Lima. Mas ele insistia. Sua mansão tinha bordas arredondadas, curiosamente combinando com a conformação de meu vagão-lar-doce-lar. E lá estava eu, pensando se deveria incorporar o casebre à fachada do casarão ou se devia deixá-lo como estava, destacado do todo. Talvez fosse melhor transportar meu lar para os fundos, separá-lo da edificação principal. Lembro de querer, na verdade, levar o vagão comigo, para o lugar que bem entendesse.

Tinha uma prima idêntica à Cláudia Raia. Meu avô, insuportável que era, não nos convidava para as festas importantes que dava. A única bem-vinda quando de tais eventos era prima Cláudia. Afinal, era uma figura mais exuberante, mais sofisticada.

De repente a casa do avô paterno (ou materno, não sei) se transformou em um hospital. Lugar cheio de portas. Lembro-me de abrir quatro portas em um único vão, tentando, também em vão, chegar ao lugar aonde deveria ir. O lugar? Talvez eu soubesse do que se tratava, mas agora não me lembro. Só sei que errava sempre o caminho, confusa que sou. E cismava de entrar nos consultórios luxuosos, para os quais não havia sido convidada ou, no mínimo, esperada.

Antes disso, morava na sobreloja de um boteco. Ainda no bar, queria tomar uma cerveja, mas não podia. Minha casa se esparramava ao longo de mais de um pavimento, e a escada que ligava o quarto ao banheiro era, no mínimo, claudicante. Não sei se já falei, mas tenho problemas com escadas, ou, mais especificamente, com qualquer altura que dependa de minhas pernas para ser vencida. No fundo, a claudicante aqui sou eu. Enfim, eu não bebia para não ter de acordar à noite com vontade de fazer xixi, para não ter de subir e descer a vacilante escada.

No meio disso tudo, houve conversas, telefonemas, passeios pela cidade. Acontecia por aqui - ou por onde quer que seja - uma série de shows. Acabei me deparando, durante o passeio noturno, com Erasmo Carlos. O "Tremendão" se apresentaria em algum lugar que não sei identificar. Eu o vi em dois momentos temporalmente improváveis. Quando do ocorrido, pensei: é um desses fenômenos em que o espaço-tempo se desfaz e vemos as coisas duplicadas. Pareceu-me mais do que normal.

Comi torresmo, comi um PF, conversei. Fui ao banheiro do boteco, que tinha janelas abertas. Todos poderiam me ver durante meu "fazer" das necessidades básicas, mas consegui fechar as janelas a tempo. Voltando ao começo, a mulher de meu avô-Lima-Duarte (que por sinal não era minha avó) era bastante cafona. Queria que eu criasse, para ela, um horrendo vestido cheio de babados e mangas bufantes. Boazinha que sou, obedeci.

Em dado momento, resolvi que precisava renovar meu guarda-roupa. Fui à C&A, que por acaso se chamava Boticário, como aquela loja de perfumes. E, como aquela loja de perfumes, a tal C&A vendia perfumes. Como estou acima do peso (ah, que saudade dos meus 46 quilos!), escolhi apenas blusas grandes, largas, retas. O provador ficava longe. Era preciso pegar o trem para chegar até lá.

Que lugar confuso, o tal provador! De início, eu e uma colega compradora de meia-idade acabamos, por engano, no provador masculino. Vendo os mictórios, percebi o erro e avisei minha companheira.

Seguindo por um corredor meio escuro, pensei que, desta vez, estava no lugar certo. Mais ou menos, eu diria. Estava, sim, na ala feminina, mas tratava-se de um berçário-maternidade. Bebês em profusão e duas ou três grávidas, nuas, cobertas por mantas, em trabalho de parto. Por "trabalho de parto" entendam: dor e contorções. Pensei: que estranho uma loja de departamentos funcionar também como maternidade! A propósito: eu me locomovia sentada em um tipo de cadeira-de-rodas que, no fundo, não era uma cadeira-de-rodas. Como estava difícil sair daquele antro de mães e bebês, resolvi me levantar e empurrar o andador.

Finalmente cheguei ao provador. Cheio de regras, o lugar permitia que se experimentassem, de uma só vez, apenas cinco peças de roupa, mas eu tinha, comigo, mais de trinta. A funcionária da loja foi boazinha, e me deixou entrar com dezesseis peças. Não sei ao certo de onde a criatura tirou aquele número exato, dezesseis. Resolvi experimentar apenas duas, preguiçosa que sou quando o assunto é comprar e, principalmente, provar roupas.

A história é longa. No meio de tanta confusão, muitos detalhes ficaram por contar. Alguns porque foram esquecidos, e outros porque resolvi encurtar o relato. Aliás, por mais que eu fale, jamais conseguirei traduzir em palavras as imagens que ainda passam por minha cabeça.

Delírio? Alucinação? Nada de preocupação, pessoal! Não é o caso - ainda - de me encomendarem como modelito básico uma camisa-de-força. Foi só um sonho. Afinal, sonhos sonhos são. Ou não?

Monicômio

11.10.03

Sonhei com meu filho hoje, estava chovendo e ele usava um capote preto. Estava aconchegado a duas mulheres, uma era seu amor e a outra sua paixão. A paixão estava muito próxima e poderia tê-lo quando quisesse, e o amor apenas desfrutava do calor e aconchego que seus braços lhe traziam, sorrindo e feliz com apenas isso. Ele parecia não saber o que fazer pois eram amigas e corria o risco de ter apenas uma delas.
Eu? Eu era a que observava.
A paixão percebeu o que apenas eu mesma havia visto até então, que o amor existia logo ao lado, e lembrou da importância e força que ele tinha, da eternidade que ele trás mesmo sendo a eternidade composta de poucos dias ou meses, ou até anos de convivência. E assim, aos poucos, sem rejeitar ou maltratar, ela tenta se afastar mesmo querendo o que ambos queriam, pois sabia o que aconteceria.
E eu? Eu continuava a apenas observar, queria lhe falar, mas tinha medo de ser rechaçada por ele pela intromissão, queria lhe dizer que o sentimento, qualquer que ele seja, é eterno mas a escolha deve ser sábia e a visão sempre deve permanecer no presente mas também no futuro.
E assim a paixão conseguiu se afastar e seguir seu caminho em separado, o capote pertencia a ela, mas ela o emprestou aos dois para ajuda-los a proteger algo ainda tão frágil e constante que eles tinham.
E eu me entristeci, apesar de saber que ele poderia ter apenas uma e o amor lhe trará felicidade e memórias eternas, a paixão era mais sábia, ela era feita apenas de ações e atitudes, certezas e vontades e o amor é composto de tantas palavras e expressões, cuidados e proteções que nos amedrontam pela dor que podem trazer por uma palavra mal dita ou um gesto mal compreendido.
Mas como mãe sinto-me feliz, sei que ele será feliz, terá que lutar, se esforçar, procurar e perder, com isso amadurecerá e crescerá, terá constância e paz no coração, terá suas flores e a experiência de todos os espinhos.
E eu? Eu me orgulho de todas as lembranças, de todas as vidas e andanças...

Somente Ana... Simplesmente Ana...

21.9.03

Sonhos sonhos são?

Não costumo lembrar de meus sonhos, talvez porque eles não sejam interessantes o suficiente para sobreviver à luz do dia. Um amigo meu, ao tentar me ensinar a técnica para reter os fiapos de sonho após o sono, me passou a seguinte dica: deixar sempre um bloco de anotações e uma caneta ao lado da cama, e tratar de anotar tudo imediatamente após acordar. Pois bem, dito e feito. No meio da noite acordei, ainda bêbado de sono, escrevi tudo que havia acabado de sonhar e mergulhei novamente nos braços de Morfeu. Cerca de cinco horas depois, quando levantei pra valer, procurei pelo bloco. Mas nem em sonho eu conseguiria entender o que queriam dizer aqueles garranchos dignos de caligrafia de médico. Desencanei da tal técnica.

Mas não posso deixar de invejar aqueles cujas tramas oníricas são dignas de Oscar. A Suzi, por exemplo, precisa um dia pôr no papel o sonho em que eu apanhei de tanta gente que os caras foram obrigados a fazer fila pra me dar porrada. Êta inconsciente violento o dessa menina! Mas enfim, pra não dizer que nunca sonhei nada de interessante, narrarei a seguir um que tive há alguns anos.

Estava eu subindo uma escada muito alta, tão alta que se erguia para além das nuvens. A certa altura, os degraus tornaram-se tão grandes que fui obrigado a escalar um por um a fim de continuar subindo. E assim o fiz, de degrau em degrau, até alcançar o cume. Só quando finalmente sentei para descansar e enxugar o suor que escorria da testa é que reparei: havia um elevador logo ao meu lado! Imediatamente após pousar meus olhos nele, o elevador abriu suas portas. Duas crianças, que não deviam ter mais do que cinco anos de idade, desceram dele. Nossos olhares se encontraram. Sem qualquer tom de malícia, censura ou gozação, elas apontaram seus dedos em minha direção. E então, sorriram para mim.

.Pensar Enlouquece. Pense Nisto.

14.9.03

Gotas de Sangue: "SONHOS 2, SHOW DA MADONNA

Primeira parte: eu dirijo o meu carro em disparada através de uma cidade. Estou acompanhado pelo Adriano. Destino: um show da Madonna. A hora do início do show se aproxima, e cada vez fica mais difícil percorrer as ruas da cidade, devido ao grande movimento de veículos. De repente, eu começo a entrar e sair de lojas com o carro, estilhaçar vidros e atropelar pessoas, tudo para chegar ao show.
Segunda parte: Assim que chegamos no show, sentamos em uma tábua suspensa por fios de aço e somos erguidos para o alto. Eu fico com muito medo de cair. Lá embaixo, Madonna aparece em um telão. O palco se estende por quilômetros e quilômetros e ela está tão longe que é impossível vê-la. Pessoas com binóculos e lunetas gritam e reclamam por toda parte. O Adriano deita-se na tábua e começa a dormir. O show é uma farsa.
Terceira parte: depois de um salto temporal, várias pessoas estão dentro de um ônibus comentando sobre o show. O ônibus segue em frente velozmente, e capota. As pessoas permanecem intactas, grudadas aos assentos. Ninguém morre ou se fere.
Resultado: o sonho me incomodou bastante. Durante o show, o medo de cair da tábua era bastante real, e a decepção por não conseguir ver a cantora também. Dentro do ônibus algo me incomodava bastante, mas infelizmente eu esqueci o que era.
"

1.9.03

Eu tive um sonho esquisito e incômodo. Não gosto de sonhos incômodos, porque eu acordo no meio deles. Se forem incômodos e esquisitos, tanto pior, porque além de acordar no meio deles eu me mantenho desperto pensando a respeito. E aí preciso levantar da cama, ir ao banheiro, ir à cozinha, olhar pela janela, coçar a cabeça, ler alguma coisa... enfim, é um processo lento até eu conseguir limpar minha mente da idéia fixa que me é deixada por um sonho incômodo e esquisito. Mais ou menos como o que eu tive essa noite.

Então eu caminhava com uma boa companhia. E conversávamos sobre coisas bestas, porque eu odeio assuntos sérios. Falávamos de besteiras mesmo, as besteiras que eu gosto de conversar com ela. Coisas como filmes, música, livros, idéias, fatos, memórias. Enfim, nada importante. Caminhávamos de mãos dadas, como é nosso costume, às vezes eu passava o braço por cima do ombro dela, ela recostava a cabeça no meu ombro e assim ficávamos, em silêncio e sem nenhum constrangimento, porque não há constrangimento no silêncio entre pessoas que se conhecem bem.

E aí me apareceu alguém que já foi e não é mais. E aí olhou pra mim e pra ela. E, olhando pra mim e pra ela, começou a chorar copiosamente. E eu, sendo quem eu sou de verdade, porque nos sonhos o chip não guia nada e eu faço as coisas do meu jeito, peguei minha companhia e continuei andando. Vamos embora daqui, eu falei, porque odeio gente fazendo drama. E, cara, como eu odeio gente fazendo drama. Então eu caminhei com ela e viramos uma esquina. Não sei de onde a esquina surgiu, visto que antes caminhávamos entre árvores e grama, mas a esquina estava lá, e quem sou eu pra questionar um sonho? Então a esquina estava lá e viramos e ali estava outra. Não, não outra esquina. Outra que foi e que não é mais, e que, a exemplo da primeira, também começou a chorar copiosamente. Eu até poderia entender que a primeira chorasse copiosamente, porque era um treco um pouco mais intenso, mas com essa não, foi só gasto besta de tempo mesmo, e eu não faço a menor idéia de por quê ela chorava. Eu sorri, dei de ombros e segui meu rumo.

E a terceira me apareceu. Acho que nenhuma foi mais longe do que a terceira, e era lógico que ela chorasse, mas ela começou a rir, rir muito, rir descontroladamente. E aí a minha companhia chorou. Teve uma crise de choro descontrolado. E o som do choro de uma se misturava aos risos da outra, e o primeiro me deixava angustiado, enquanto o segundo me desconcertava, e minha vontade era sair correndo dali e...

...e aí eu acordei. Finalmente.

E fiquei sem dormir por quase uma hora, e ainda não sei que porra foi aquela.

Utopia dilucular

4.8.03

Mais sonhos

Escrevo aqui um terceiro sonho e repito os dois primeiros pois existe alguma coerência entre eles...

Terceiro - Deitado de lado em minha cama, olho para um céu azul. Aves dançam no azul. Não há brisa, a cortina repousa. Sem intenção de mexer-me, deixo-me ficar. Um fino lençol cobre meu corpo. É uma tarde quente. É incrível e banal que as montanhas ao longe cheguem até mim através da vidraça. Eu não as entendo e elas, as montanhas, tampouco entendem a mim. Mas não há problema nisso.
Isto, sem dúvida, é uma paisagem.
E, de repente, não é mais. Num segundo - é um sonho - o que estava lá fora está aqui dentro deste pequeno quarto, desta pequena cidade, deste pequeno mundo. Tudo é muito pequeno, mas o infinitamente pequeno comporta o infinitamente grande, sem dúvida. Porque o que penetrou pelas paredes brancas, não foi a paisagem. Aquilo que agora contemplo, como mergulhasse em um poço de águas cálidas, é seu olhar e, para além dele, seu corpo a se espreguiçar longamente, como quem reluta a levantar depois de um sonho bom que ainda perdura na vigília. Em seguida, me aninho e volto a dormir profundamente, invadido por essa doçura sem fim.

Primeiro - No meu sonho você entrava flutuando pela janela e beijava minha boca docemente sem que eu acordasse. Era dia e uma brisa fazia com que a cortina oscilasse suavemente. O sol atravessava o tecido e dava ao ambiente um tom alaranjado e lânguido. E sem que eu acordasse, você me beijava a boca. E era como antes. Como o primeiro beijo, antes da primeira palavra, antes mesmo do primeiro encontro. O primeiro, idealizado, em que os lábios se roçam mas não dizem nada. E então seu corpo pousava ao lado do meu e seus olhos me observavam enquanto eu ressonava levemente durante a tarde quente, durante dias, durante anos, durante séculos. E no sonho, enquanto eu dormia, não sonhava com você, mas com a primeira bicicleta, uma pipa de oito lados e plástico transparente que desaparecia magicamente no céu feita por meu pai, com meu avô a caminhar a meu lado, com os olhos verdes da primeira namorada. No meu sonho eu tentava acordar para lhe dizer algo, algo importante, muito importante, ou simplesmente para tocar seus cabelos.

Eu acordava e você não estava mais lá.

Segundo - E no meu sonho, ambos, de lugares diferentes, víamos a lua. Era torturante saber que víamos o mesmo astro sem, no entanto, nos vermos. Ao mesmo tempo tornava-se confortável o sentimento de que compartilhávamos a mesma paisagem. A lua, cheia, pulsava como as contrações de um corpo quente. Porém, minha janela estava vazia de você, um vazio da silhueta nua contra o céu escuro e estrelado.

Neste momento - era um sonho - um dragão chinês passou pelo quarto.

cracatoa simplesmente sumiu

18.7.03

Noite recheada de sonhos literalmente viscerais. Minto: um sonho e um pesadelo. Num dos sonhos, eu limpava um peixe enorme. Não sabia se ia cozinhá-lo, assá-lo, fritá-lo, ali o importante era dissecá-lo, e realmente nunca tive muitas frescuras contra limpar vísceras de animais comestíveis (e mortos, de preferência). O problema é que no pesadelo o objetivo parecia ser limpar as minhas vísceras. Estava numa praça ou algo assim. O céu estava nublado e claro, mas eu ali não distinguia noite de dia. Havia muitas pessoas na praça e de repente chegou um bando de gente maquiada, costurada, enfeitada, armas brancas nas mãos, facas, tesouras e coisas afins. Eu senti algo passando no meu pescoço, olhei para baixo e logo vi o sangue escorrendo pelo meu corpo. Mais uma vez um homem estranho avançou em mim e ao passar por um espelho, me vi destrinchada como nas pinturas de Frida Kahlo: a lateral de meu tronco estava aberta e eu via com nitidez as camadas de pele, gordura, músculo e duas costelas minhas serradas, despedaçadas. Comecei a chorar sabendo que ia morrer sem saber por quê (mas não sentia dor. Todo o desespero era por me ver destrinchada), e segurei nas mãos da minha mãe e pedi que ela me levasse ao hospital. Daí acordei. Mas voltei a dormir e o no sonho seguinte eu estava me recuperando. Usava um gesso em forma de corpete, exatamente como Frida, no filme, e tomava muito cuidado ao me sentar, deitar e encostar nas coisas, com medo da dor e de que meus órgãos escapassem pelas frestas que o louco me abriu no corpo. Aí acordei mesmo. E achei melhor não voltar a dormir.

festa movel

15.7.03

Hoje eu tive o sonho mais escroto da minha vida. Surreal. Imbecil. Sem comentários. Analise por si mesmo nas linhas seguintes.

A cidade estava sendo vítima de uma praga de sanguessugas. Minúsculas para o padrões normais (imagino eu, já que nunca vi uma de perto). Sanguessugas voadoras!! Não me pergunte como elas voavam - não me lembro de ter reparado em asinhas e/ou membranas planadoras. Mas o pior é que eu não me importava com aquela situação bizarra; quando eu acordei foi que eu fui me dar conta de que sanguessugas reais não voam. Enfim, tem mais: as bichinhas perseguiam uma pessoa por vez, de acordo com a sua "onda de calor" (se você estivesse suado, era presa fácil). Para se livrar dos animaizinhos, as pessoas corriam (meu inconsciente bombou em física, percebam), para que uma onda fria causada pelo vento da correria as afastasse. Eu ficava dentro de uma piscina (de roupa) o tempo todo, já que eu tinha muito nojo daqueles bichos. No fim, aconteceu um apocalipse geral de filme americano e as forças armadas deram um jeito nas sanguessugas com aquelas bombas e armas.

Aquele filme verde do Hulk não me fez bem ontem.

me jane you tarzan

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